Lá fora o vento, a chuva, o sol que abrange tudo,
aqui dentro, sem orientação, sem bússola, semeira nem beira... sem engrenagens.
Sigo meus caminhos sinuosos... na vasta extensão
dos meus sentimentos estou à deriva.
Busco o farol, a estrela guia no mar de vagas
revoltosas. Mas, não tenho medo da deviação do
rumo, da cadente que te guia. Pois que meu
espírito tenaz entreve tua miríade de emoções.
Eu vou às águas, à tua rede, procuro saber aonde
vai tua ambição por estes mares.
Eu navego nesse imenso oceano, do teu desejo,
da minha sede... abro caminho no teu mar
bramante, nesse amplo mar de afeto.
O meu devaneio já temperado mistura-se ao sal
da tua boca, quero abater Leviatã da paixão que
comanda os meus caprichos, que habita as minhas
anímicas águas.
Meu ser em ondulações vai às tuas águas confusas,
vai ao teu mar aberto, aos teus gestos aquosos vai.
E eu sigo a luz da vespertina, da Vênus que me guia,
vou ao encontro da tua boa estrela, da tua sorte.
No horizonte a estrela da manhã me indica a
direção, o teu fanal aponta-me a torre, a tua
rota vou seguindo, o teu caminho vou tomando...
o teu mar açodado eu vou singrando, eu vou
cortando as tuas águas, eu vou banhando a tua
alma, eu vou me encharcando de desejo, eu vou
atracando em teu cais!...
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