"... RESPEITAR-SE A SI MESMO
Embora ninguém seja o centro do universo, toda alma é expressão do divino. Por isso deve expressar com sua vida sua reverência ao divino. Se bem que seja livre para viver como quiser, a consciência que ela tem de seu potencial espiritual não lhe permite viver de qualquer maneira, atirar-se a qualquer experiência ou deixar-se levar por impulsos inconscientes. A possibilidade de expandir a consciência até abarcar o cosmo está em nós, a maneira como vivemos deve refleti-lo. O respeito e a reverência à presença divina no próprio interior devem presidir a relação consigo mesmo.
Embora ninguém seja o centro do universo, toda alma é expressão do divino. Por isso deve expressar com sua vida sua reverência ao divino. Se bem que seja livre para viver como quiser, a consciência que ela tem de seu potencial espiritual não lhe permite viver de qualquer maneira, atirar-se a qualquer experiência ou deixar-se levar por impulsos inconscientes. A possibilidade de expandir a consciência até abarcar o cosmo está em nós, a maneira como vivemos deve refleti-lo. O respeito e a reverência à presença divina no próprio interior devem presidir a relação consigo mesmo.
SER VERAZ CONSIGO MESMO
O respeito a si mesmo leva o ser humano a encarar-se objetivamente, a ser veraz, a amar a verdade por sobre todas as coisas. No entanto, há nos seres um apego ancestral tão grande a si mesmos que inconscientemente tendem à autojustificação, à autocompaixão, à autocomplacência. O que se pensa, sente e faz sofre a influência do afã de proteger a própria imagem. Para ser veraz consigo mesmo é necessário transcender essa tendência, produto do instinto de conservação.
Para ser veraz consigo mesmo deve-se manter distância com respeito a si mesmo e com o que nos ocorre. Com respeito a si mesmo, porque aplicando meios objetivos de conhecimento pode-se fazer uma avaliação mais completa e impessoal. Com respeito ao que nos ocorre, porque só o tempo localiza as experiências em seu lugar e dá serenidade necessária para compreendê-las.
O respeito a si mesmo leva o ser humano a encarar-se objetivamente, a ser veraz, a amar a verdade por sobre todas as coisas. No entanto, há nos seres um apego ancestral tão grande a si mesmos que inconscientemente tendem à autojustificação, à autocompaixão, à autocomplacência. O que se pensa, sente e faz sofre a influência do afã de proteger a própria imagem. Para ser veraz consigo mesmo é necessário transcender essa tendência, produto do instinto de conservação.
Para ser veraz consigo mesmo deve-se manter distância com respeito a si mesmo e com o que nos ocorre. Com respeito a si mesmo, porque aplicando meios objetivos de conhecimento pode-se fazer uma avaliação mais completa e impessoal. Com respeito ao que nos ocorre, porque só o tempo localiza as experiências em seu lugar e dá serenidade necessária para compreendê-las.
NÃO SE IDENTIFICAR COM AS VICISSITUDES PRÓPRIAS DA VIDA E DO DESENVOLVIMENTO
Na medida em que alguém se identifica com suas experiências, perde a capacidade de entender o que acontece consigo. Deixa de distinguir a diferença entre o que ele é e o que lhe acontece e fica preso em seus estados mentais e emotivos. Vive uma ilusão a respeito de si mesmo; suas percepções e avaliações são tão subjetivas que não aproveita suas experiências como deveria. Por isso, repete-as muitas vezes sem entendê-las completamente.
Quando estamos a mercê do que nos acontece, vivemos para nós mesmos. Não percebemos os pontos de vista nem as necessidades dos outros. Não nos damos conta de que ao olhar somente para nós mesmos e de nos importamos apenas com o que ocorre conosco, descartamos a possibilidade de expandir nossa consciência. A vida nos escorre por entre os dedos enquanto oscilamos entre sentimentos de irritação, exaltação ou depressão.
Não adianta que nos irritemos quando acontecem coisas que nos desagradam, porque a raiva não evita os erros cometidos nem muda a realidade. Os erros são valiosos quando aprendemos através deles e não repeti-los e a manter o espírito de humildade.
Não adianta que nos exaltemos ao obter êxitos, porque a exaltação não melhora o que já foi realizado e rouba energia que se necessita para dar o próximo passo no desenvolvimento. Quando os triunfos são usados para viver-se de sua recordação ou para que nos sintamos superiores aos demais, perde-se seu fruto. Os êxitos são realizados quando servem para que continuemos a avançar, ainda que a próxima etapa seja difícil e incerta.
Não adianta nos deprimirmos ante as dificuldades, porque a depressão não contribui para superar o problema que nos entristece nem torna a realidade mais suave. Não se pode esperar que a vida consista numa sucessão de fatos prazenteiros. Quando aceitamos o sacrifício inerente à vida, superamos os altibaixos das experiências difíceis e vivemos em paz.
O ser humano deve se relacionar consigo mesmo como o professor se relaciona com seu aluno; aceitando, ensinando, corrigindo, estimulando: dando sempre a si mesmo o necessário para alcançar e manter o equilíbrio interior.
Ao fazer consciente a relação consigo mesmo, o indivíduo se localiza como parte inseparável do Universo, aprende a respeitar-se, a ser veraz consigo mesmo e a identificar sua individualidade. Dessa maneira estabelece uma relação entre o que sabe que é e o que habitualmente acredita ser, quando se deixa levar por suas emoções ou pelas idéias que assimilou de outros sem reexaminar seus fundamentos. Na medida em que essa relação se aprofunda, aprende a não se encerrar em si mesmo, porém a responder a sua necessidade de expandir sua consciência e de dar significado a sua vida."
Na medida em que alguém se identifica com suas experiências, perde a capacidade de entender o que acontece consigo. Deixa de distinguir a diferença entre o que ele é e o que lhe acontece e fica preso em seus estados mentais e emotivos. Vive uma ilusão a respeito de si mesmo; suas percepções e avaliações são tão subjetivas que não aproveita suas experiências como deveria. Por isso, repete-as muitas vezes sem entendê-las completamente.
Quando estamos a mercê do que nos acontece, vivemos para nós mesmos. Não percebemos os pontos de vista nem as necessidades dos outros. Não nos damos conta de que ao olhar somente para nós mesmos e de nos importamos apenas com o que ocorre conosco, descartamos a possibilidade de expandir nossa consciência. A vida nos escorre por entre os dedos enquanto oscilamos entre sentimentos de irritação, exaltação ou depressão.
Não adianta que nos irritemos quando acontecem coisas que nos desagradam, porque a raiva não evita os erros cometidos nem muda a realidade. Os erros são valiosos quando aprendemos através deles e não repeti-los e a manter o espírito de humildade.
Não adianta que nos exaltemos ao obter êxitos, porque a exaltação não melhora o que já foi realizado e rouba energia que se necessita para dar o próximo passo no desenvolvimento. Quando os triunfos são usados para viver-se de sua recordação ou para que nos sintamos superiores aos demais, perde-se seu fruto. Os êxitos são realizados quando servem para que continuemos a avançar, ainda que a próxima etapa seja difícil e incerta.
Não adianta nos deprimirmos ante as dificuldades, porque a depressão não contribui para superar o problema que nos entristece nem torna a realidade mais suave. Não se pode esperar que a vida consista numa sucessão de fatos prazenteiros. Quando aceitamos o sacrifício inerente à vida, superamos os altibaixos das experiências difíceis e vivemos em paz.
O ser humano deve se relacionar consigo mesmo como o professor se relaciona com seu aluno; aceitando, ensinando, corrigindo, estimulando: dando sempre a si mesmo o necessário para alcançar e manter o equilíbrio interior.
Ao fazer consciente a relação consigo mesmo, o indivíduo se localiza como parte inseparável do Universo, aprende a respeitar-se, a ser veraz consigo mesmo e a identificar sua individualidade. Dessa maneira estabelece uma relação entre o que sabe que é e o que habitualmente acredita ser, quando se deixa levar por suas emoções ou pelas idéias que assimilou de outros sem reexaminar seus fundamentos. Na medida em que essa relação se aprofunda, aprende a não se encerrar em si mesmo, porém a responder a sua necessidade de expandir sua consciência e de dar significado a sua vida."
(Do livro A ARTE DE VIVER A RELAÇÃO de Jorge Waxemberg - direitos da ECE)
Um comentário:
Que perfeito,adorei e passei a compreender melhor algumas pessoa e ate mesmo a mim...obrigadaaaa pelas palavras tao sabias!
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