O fogo crepitava feroz e avassalador. Na margem do largo rio, que permeava a floresta, encontram-se a rã e o escorpião.
Lépida e faceira, a rã prepara-se para o salto nas águas salvadoras. O escorpião – que não sabe nadar – aterroriza-se ante a morte certa, ou estorricado pelas chamas ou impiedosamente tragado pelas águas revoltas.
Arguto, e num esforço derradeiro, implora o escorpião:
– Bela rã, leva-me nas tuas costas na travessia do rio!
– Não confio em ti! Teu ferrão é inclemente e mortal – responde a rã.
– Jamais tamanha ingratidão. Ademais, se eu te picar, morte certa para nós dois.
– É verdade, pensou candidamente o bondoso batráquio. Então suba!
E lá se foram, irmanados e felizes. No entanto, no meio da travessia, a rã é atingida no dorso por uma impiedosa ferroada. Entremeando dor e revolta, trava o derradeiro diálogo:
– Quanta maldade! – exclama a rã, contorcendo-se. – Não vês que morreremos os dois?!
– Sim – responde o escorpião – Mas esta é a minha natureza!
4 comentários:
Se tem algo que devemos confiar é na natureza do homem,as vezes custa conhece lo e uma vez constada nao podemos ser ingenuos...bjossss
Bem disse Andrea, não devemos confiar cegamente nas pessoas, muitas são boas mas a menoria que é ruim sabe fazer muito bem o seu papel.
Um abraço
Gê
É sempre muito bom fazer novos amigos no Chá das Cinco, eu também gostei muito do teu blog, ele é show.
Eu também estou te seguindo, não vamos perder cantato Cacau.
Bjs
Gê
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Bjs
Gê
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