Há pressa nos dias que se apresentam, no entanto, o
que desejo se demora, parece-me que nunca chega...
Mas, eu tomo em tuas mãos a poção da paciência, das
coisas tranquilas que apascentam o coração e renovam
minha substância para o continuar.
Estou para ti como as leis naturais que movem a natureza,
contudo, humana sou e ainda mora em mim o espírito
combativo que me fez chegar até aqui porque lutar foi
preciso, e agora eu quero a paz...
Nas nascentes de um novo tempo eu mato a sede que
me fez caminhar pelos desertos humanos; não que as
caravanas solitárias ainda não cortem as areias rumo
aos ventos que transformam as dunas em obstáculos.
Eu sigo, entretanto, e eu olho adiante, muito além das
miragens que tentaram me demover dos valores que
me eram intrínsecos... há o lenitivo no cenário que avisto,
esperança que move forças, ventos, vontades e fazem
as tempestades limparem e curarem as feridas acesas.
Não há temores, posto que as dores já me foram tão
íntimas e companheiras, também isto me tornou autêntica,
verdadeira seja nos ciclos das andanças da alma seja nos
labirintos dos voos da mente.
Sou nômade de dias escaldantes e das noites impiedosas.
E assim caminho como um ponto minúsculo na vastidão desse
contraditório mundo!... mas, nada me deixa mais forte do que
quando eu pego em tuas mãos!...
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