Eu tento amenizar as minhas sombras, elas,
como minhas feras se agigantam sob a forte
luz da evolução...
Não temo as minhas acorrentadas bestas-feras,
pois, elas em algum momento me fizeram
sobreviver a este mundo cão.
Não sou anjo decaído porque somente
humana sou... mas, dentro de mim mora
um querubim canhoto que invade hora em
vez meu lado direito.
As vias marginais da vida, nos propõe o jogo
do isto ou daquilo... contudo, eu sei muito
bem o que quero e o que não quero.
Escolhi o caminho que me leva a ti...
E trago-te para mim para te mostrar quem sou.
Sou poetisa da vida porque sei que trouxe
dessa viagem do tempo a arte de amar sem
medidas, sem temores e não há mais a pressa da
juventude, mas, há a experiência da maturidade.
Não há pesos em meus ombros e nem em minha
consciência... cara lavada, mãos limpas, coração
franco sem correntes.
Não há noite em meus olhos, há em mim uma
imensidão de manhã que me trouxe até aqui
onde o meu instinto de amar continua inteiro,
verdadeiro, completo como pulsão de vida que
me faz sobreviver aos dias sombrios.
Há um milagre a acontecer pelos dias habitados
de tuas lembranças, dos teus gestos, dos teus
olhos... não existe breu, abri as janelas para os
dias de brilho que vem de ti e que me salvou dos
invernos da alma... deixei o sol entrar...
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