Há pressa neste mundo louco, neste louco mundo...
Mas, as horas passam devagar no teu sorriso, nos
teus beijos, em tua cama ampla de doações.
Há um arrepio de desejo neste frisson do lado em
que me fizeste conhecer o sol, e esta claridade que
o teu amplo seio me apresenta diz-me também
do vítreo amor, do olhar profundo que conversa sobre
a vida que neste instante se apresenta admirável.
Há um buquê de rosas vermelhas, há versos de azul
profundo e roçar de lábios espessos para te dizer do
romance que empreendi com o tempo, pois que a vida
me retomou em essência, em fundamento porque vida
há em ti, origem de todo bem-querer.
E há tanto a beber nestas nascentes das grandes
devoções, nas fontes dos grandes saberes, há que se
atravessar as pontes extensas do coração humano...
Mas, somos ainda pequeninos grãos a espraiar-nos
na lavoura da permanência impermanente do globo,
leitores insipientes da cartilha da lição terrestre que
nos prepara para a grande viagem do espírito.
O que importa é que a minha estância chegou, é o agora...
hora de abrir os punhos, rasgar o peito, abrir as mãos
de antigas bagagens e pegar o trem dos recomeços,
viajar por estes trilhos que me levam a tua natureza
abastada e conhecer estas paragens chamadas terras
do sem fim onde o astro-rei me abraça e a lua me beija
apresentando-me o cristalino universo do amor!...
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