A chuva cessou... em algum momento ela
voltará para lavar o meu rosto, pois, por
quanto tempo ela disfarçou lágrimas...
Há uma força que irrompe do meu bojo
gritando, clamando pelas águas férteis
dos afetos que haverão de fazer germinar
os cânticos de sossego e de mansidão.
E eu cantarolo em meio ao meu jardim
sortido de tuas cores claras, dos teus sons
amenos que harmonizam todo o rebuliço
que outrora se fez...
Mas, eu sorrio com aquela satisfação que
somente os esperançosos dominam, porque
sabe que é preciso a travessia da coragem
para se alcançar o cume do aprendizado.
Há uma alegria intrínseca que só os
experimentados e ousados se permitem...
de que as tempestades renovam os ares e
refazem as faces tecendo um sorriso novo,
movendo palavras boas, acordando os
anoiteceres... deixando o sol entrar.
Assim, nasce-me a tua poesia, mansa como
as tuas palavras, explícita como a tua gargalhada...
Permitindo-me esta viagem solar que despertou
como uma manhã bonita dentro do meu peito!...
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