Eu vejo a tarde cair...
Na tênue linha que confunde a vespertina luz
e o crepúsculo eu vejo seu rosto desenhado
nas nuvens... há tantos céus para descortinar!...
Eu queria proferir palavras que te dissessem
de todos os sons que acordas em minha alma,
da comoção que principias em meu corpo.
O vento quente bate em meu rosto direcionado
ao sol que se esconde no horizonte e que beija
lentamente o mar... assim eu quero roçar os meus
lábios nos seus até que meus olhos cerrem e se
encerrem em ti todos os meus desejos, todas
essas viscerais vontades.
Há um ritmo que me conduz a esse bailado
sensual, e este não diz somente dos prazeres
carnais, há uma seiva divinal que corre em minhas
veias transformando o éster em função mais que
orgânica... ágar-ágar dos sentimentos admiráveis...
suprassumo dos mortais.
Há as sensações das paixões primevas,
por isto também não há o que temer;
o dom de tocar as almas é para os poucos
corajosos que vieram ao mundo porque
amar de corpo e alma é para os fortes
também para os simples... para aqueles que
tem destemor de viver em quinta-essência!...
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