Existe uma vastidão em meu peito...
As águas do teu rio inundaram meus sentimentos.
E o céu desceu, e o chão subiu!
E eu não sei, mas entendo...
E eu não vejo, mas, eu sei que há.
E estas águas correm por entre meus dedos,
por entre meus seios, pelas margens da sede
que também invadiu minha boca e meus olhos.
Sigo o teu curso na direção dos amores desejados,
em preces, balbuciados nas longas noites de
espera... nos longos dias sombrios.
Eu despertei em plena primavera, aquela que
acordaste em minha alma esperançosa das
flores graciosas, dos gestos distintos.
Então, os meus olhos derramaram feixes de
luz em teu caminho, pois, é na luz que
reconhecemos as almas florescentes, os
corações prósperos... eu quero derramar
os meus olhos nos teus, abrir minha janela
para a tua... abrir as portas da dimensão etérea
que habita os seres na Terra!
A vida diz segue-me nos propondo o curso
dos rios agitados, mas, presenteia-nos com
os doces frutos das correntes dos afetos.
Eu provo o teu gosto em meus dedos, eu
entorno sabores em teu corpo... Eu degusto,
eu mordo em êxtase os frutos nascidos de nós.
Ah! As maçãs do amanhã, eu sei, serão saborosas!!...
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