Na hora em que o silêncio adormece a própria
noite, sei que ouvem a minha voz...
E as verdades mascaradas na mudez da omissão
batem ferozes no ritmo cardíaco das criaturas
desalmadas.
Vazias palavras com cores artificiais enfeitadas;
rosas malditas cujos espinhos cravaram-se em
minhas mãos espalmadas.
O deserto mundo dos covardes seres, os seus
discursos de indiferença fizeram-me perder em
mil miragens, foram-me mar morto na saudade.
O ébano e o marfim dissonaram ante as cifras
da mentira pautada em futuro jamais composto.
Há o gosto amargo, há o desgosto diante da
perfídia dos que vivem dos sonhos rasos, dos
que trilham os caminhos fúteis.
Os caracteres simples deveriam revestir-se de
fortaleza... Contudo, são impassíveis.
Há dinossauros em suas peles de cordeiro,
em seus instintos rapaces.
Imodéstia disfarçada em gentileza gera
demência e solidão; o grito desvairado
por independência também gera servidão.
As vozes da pseudoliberdade calaram
cruelmente a voz do meu coração!...
Um comentário:
o grito desvairado por independencia gera servidao...
Cacau que belissimo texto!!!
que 2010 seja muito mais...
mil bjosss
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