afeto, encharcando-me a alma deveras encantada;
frescor aquoso que frutifica o meu sorriso e traz
profusão às minhas horas mortas.
Como não dançar na chuva, como não cantar
as odes que me tomam e ocupam-me os dias
estacionários, meus pensamentos vazios?!
Como abastado córrego deixo fluir as tuas correntes
generosas, tesas águas onde mergulho sem receio
o meu apreço, tantas quimeras.
Sede que me mata em avidez e faz vir à tona
esta vontade de beber em teus lábios, de imergir
em tua boca e diluir-me em teu corpo.
Substância visceral a espargir-se por meus poros,
a ocupar-me em ambíguas sensações.
Capricho que me abraça e abarca sensibilidades
e delírios.
Paixão torrencial, nascente de desejos, cristalino
vício, águas de março a afluírem em meu peito!...
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