Eu fiz um verso único no único trajeto que me coube...
Nos olhos a poeira do caminho, as pedras da estrada na
alma, lágrimas a molhar a terra fria, meus pés em solo
árido
não via germinar novas sementes.
Ah! Eu busquei o sol para clarear os meus dias sombrios,
desci ao tártaro encovado, trevas onde conheci os ingratos.
Mas, um coração aberto, livre, sempre terá forças para lutar,
subsistir aos incautos porque a arena da transformação é
uma ordem imperativa do existir!...
Eu plantei uma rosa única no único canteiro que me coube...
Espinhos nos membros, mãos machucadas, águas a sumirem-se
na areia quente, toquei em plantas venenosas, parasitas a
impedirem os brotos novos. Mas, um espirito impetuoso segue
sua própria empreitada e a decisão foi partir.
Ah! Eu busquei um sorriso novo para iluminar minhas noites
tenebrosas, conheci os abismos dos homens, sombras onde
conheci a solidão dos espectros. Mas, um coração franco,
honesto, sempre terá coragem para insistir, sobreviver
porque
no anfiteatro da vida, a esperança é uma ordem que nunca
devemos deixar de seguir.
Eu fiz um poema único na única folha que me coube...
Peito vazio, alma triste, pranto a encharcar a minha cara lavada.
Ah! Eu busquei o céu para preencher os meus dias solitários...
Fitei teus olhos, peguei em tuas mãos... Estrelas eu vi nas
noites
escuras, a lua desceu e prateou lagos profundos, adentrou
florestas
perigosas, mas, fez nascer manhãs novas, auroras onde
repousou
este sol maior... e a chuva passou.
Nas trilhas dos sinceros afetos o que me coube foi o teu
amor!
Um comentário:
Belo e profundo! Parabéns!
Abraçoos, um Feliz Natal e um Ano Novo com muito amor, paz e felicidades para ti e para os teus.
Furtado
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