Eu abracei a saudade com respeito, nesta vida não há
nada que se possa dispensar...
Nas ondas desses mares que me fizeste conhecer, suas
ondas bateram em meu peito, em minha verve sedenta
desta viagem de caminhos luminosos em teu singular por
de sol... onde a prateada arrebentação agora, de fato, me
apresenta o satélite que pousou em teus olhos e mareou este
meu coração circundado de pedras... das conchas vazias e de
barulhos imensos que me ensinam a música do teu universo
risonho, criança grande de sonhos.
Horizonte e águas salgadas são tão próximos, amigos irmãos
marinheiros das distâncias, navegantes do além mar...
Há uma cantiga a ressoar em meus ouvidos onde o vento cria
seus ritmos em meu rosto, em minha pele, em meu corpo.
Eu deposito oferendas neste oceano de apegos, por onde
todas
as canções da areia são versos para ti... e há as flores
perfumadas
que correm para os teus braços, e há os ramalhetes de afeto
que
me levam ao teu calor, às tuas águas ardentes, candentes,
cheias.
Avisto o céu neste silêncio-solidão da lua, lá há apenas
uma estrela
que me traz o teu sorriso estrondoso como fogos de artifício
em noite
de festivo réveillon.
Profundos são os caminhos dos espelhos d’água que intercalam
mergulhos e transições do tempo nas águas revoltas das
lembranças...
A esmo eu ando morrendo de saudade, ando correndo dessa
sitiada
cidade indo ao encontro a ausência que me lava a cara, não
a alma...
Tantos verões adormeceram em mim pra te acordar em saudades,
num futuro que já despertou em meu ser a tua presença agora
inesquecível!
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