É preciso dizer que eu te amo, não na esfera
dessas três palavras, eu te amo... seria pouco
resumir o que por ti nutro no âmbito do verbo simples...
Eu, como poetisa busquei apreender o amor nas
canções do mundo, nos sons da natureza, no ritmo
dos caminhos de tantos afetos... nos saberes do vento,
do sol, da chuva. Mas, nada se compara quando tu me
vens sorrindo radiante com as flores da existência nos
braços, com o fulgor da vida nos olhos, com as
promessas divinas em teus gestos, em tuas mãos...
E eu vim correndo pelas margens dos rios que me
nasceram de tua essência bela, úbere, guiada pelas sedas
de tuas vestes sublimes, em azul pari passu com o céu.
Em tua clara tez eu mergulho nos rumos que só os
grandes mares me levariam... singrando as águas
profundas do ser a nos buscar através do que somos.
E eu vejo tanto neste horizonte a que me destinas,
miragem onde inocente eu brinco de ter sorte, onde
o passado como areia fina a lufada levou.
A mão do destino pousou em meu peito, acordou-me
para o tempo, a estrada, o sonho...
Ah! Eu vim correndo para te dizer que te amando eu
vou, no voo do vento lépido que toca os teus cabelos!...
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