me inflamam o coração já convertido em
labaredas... fogueira acesa em corpos nus...
Preciso beber a saliva morna que corre em
teus lábios adocicados por este amor que
me é lenitivo, unguento de consolo em tua
cama quente... Ah! Esse teu calor que cura!
Vem no vento da primavera as pétalas do
teu sorriso... branco como as nuvens deste
céu que vejo límpido, mas, os teus matizes
dão refinamento a estas auroras luminosas
que me trazem o sol do teu firmamento de
ternura em direção às minhas mãos... à minha
alma sequiosa de ti... Meus lábios ligados à
imantação do teu abraço, são como rios de
doçura a buscar tuas sutilezas, meandros
de prazeres e ousadia...
Há fogo refinado em tuas pupilas acordadas,
tochas a incendiar a minha insana vida e os
meus dias abrasados por ti... vias marginais
do desejo onde viajo em estradas de curvas
perigosas, enfrento subidas, descidas...
ladeiras íngremes...
Tempo não há para arrostar o teu abrasamento,
consumindo as cinzas e as horas mortas num
avivamento ardoroso de cores em cristais de
rara transparência!
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