Ah! As flores da nova estação acordaram-me
o coração... Despertaram-me para os ciclos que
nos brindam todos os dias com a renovação!
E é tão belo ver a transformação do espírito na
confiança de que o sol da primavera nos seus
ventos vespertinos espalham as sementes de
uma jornada multicolorida... a existência pois,
como um buquê de chegadas e partidas.
E os dias passam tranquilos na luz fulgurante
desse sol de primavera que aqueceu o meu peito
pródigo, e fez ressurgir a minha alma alegre.
Meus olhos úmidos e o meu sorriso largo cantam
as canções das flores raras... e abraçam as belezas
de um mundo novo e seguem os rumos das borboletas
e acompanham os caminhos dos pássaros.
Eu lavo minhas mãos para tocar em meu rosto
estático ante a dimensão das cores que me
tocam o âmago... e a vida é tão boa no rumo das águas,
e a vida é tão rara mesmo nos caminhos das pedras.
No cume dos anos eu descubro a livre criança
a correr na clareira da eternidade, a refazer-se
no bosque da existência como gérmen de maior
poder, embrião de todo amor.
E eu enfrento o sol brincando ao derredor das
minhas interrogações adultas... e eu encaro o
céu ante as minhas infantis certezas.
Nos néctares onde os jardins se refazem e
eternizam a seiva da vida, eu vi nascer um
cravo em meu peito e rosas em minhas mãos!...
Um comentário:
Belíssimo poema!!
Música apropriada e perfeitamente unida ao contexto! Tudo lindo !!
Parabéns!!!
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