Comprime-me o cerne fina dor que
constante e cortante segue em desafio
rumo ao meu ventre.
Em brasa, em
desejo, em paixão
sinto-te
presente em carne e osso,
em aura e
espírito.
Não sei como conter esta força supra-humana,
atrativa que em mim é fogo, e me consome;
é ferida aberta, acesa chama...
Quero os teus
lábios, o teu sopro,
os teus dons
mais próximos, em mim.
Cruel
extravagância, ávida inspiração
que como fome
atiça-me ao desatino.
E eu viajo em
teus sons, em tuas letras
indefesa. Confesso-te que tudo arde
em fogueira insana, que tu me feres...
Não mais sei
onde começa, onde
principia o teu
encanto, já não mais
sei que direção
estou seguindo, pois
que também não quero adiar toda esta
fúria do querer que me vai tomando.
O que me impele ao teu rosto, à tua pele
deixa-me em febre, em viração e calmaria.
Neste paradoxo
em que me encontro
eu me debato...
quero o teu ombro, o
teu colo, quero
os teus beijos, arrebatar
todos os meus desejos em teu abraço.
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