E caiu dos céus as águas dos enlevos...
Espelho d’água que revigora a alma...
Da soleira da porta vislumbro o caleidoscópio
em que se transformou o meu universo interior.
As águas e os ventos da regeneração invadiram
todos os meus canais de afeto trazendo o
movimento de tudo o que é novo...
Há um arco-íris a enfeitar estas esquinas da
vida, e em cada curva dá-se para admirar a
estrada, caminhos a serem traçados com
venturas, e, sem cansaços eu sigo demarcando
com as flores da poesia a quem me encontra.
Velozes são os olhares que não me veem, mas,
é lenta a lente com que os vejo neste rodopio
do autoconhecimento, moção do tocar e perceber.
E quero nestas águas tecer a rota dos afetos
primevos, porém, profundos, pois que, somente
no reentrante se pode moldar desejos reais.
Assim, lanço as sementes neste solo preparado
na autenticidade com a naturalidade dos que
tem o peito aberto para viver sem medo.
Nesta alegria que irrompeu da chuva brotou
a esperança... para muito se viver porque há
muito a se apreciar da vida... a vida que se fez
vida em mim... encontro!
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