A noite desce fria sobre corpos nus
desmistificados, há um frio contínuo a
percorrer a espinha...
Já se passaram os dias de frissons, as
tardes tecidas apuradamente a quatro
mãos cálidas e lábios intumescidos.
A força fêmea que nos unia ao mais forte
amor estancou-se, desfigurou-se anômala.
Olhos injetados no moto-perpétuo não
mais trazem de volta o encantamento.
Não se ouve mais os carrilhões do futuro
ditando o compasso das alegrias, o balbuciar
das promessas silenciou na dobra do tempo.
Todos os decursos a romperem monótonos em
manhãs estáticas, todos os ocasos a estenderem-se
mórbidos em indiferentes amanhãs...
Hoje, o vigor que vem de dentro é arrancado
à fórceps num parto doloroso onde nasço
provecto todos os dias...
5 comentários:
lindo, Cacau! Mostra amadurecimento e senso de perspeciva, o seu olhar lírico tb é ácido, voraz. Bonito mesmo...
O olhar ...ás vezes acompanha tempos de calmaria...outras, perde-se na voragem de tempestades...Mas a vida é maior que todas estas certezas e o olhar, infinitamente maior que todas as coisas do mundo!
Beijo
Graça
lindíssimo seu texto ...PArabéns!
Beijos...M@ria
Cada palavra toca lá no fundo do coração, me fazendo ler cada linha com a ansiedade de que não chegue ao fim. Parabéns, bjs
Hello Claudia
Its a very nice picture,
I like it very much.... you're blog is fantastic.
greetings, Joop ( Hollanda )
http://jfotograaf.blogspot.com
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