Os ventos de setembro atravessaram o meu
coração, a saudade veio fria a cortar lembranças,
a entrelaçar memórias...
Mas, outubro virá rosa como os teus lábios
carnudos e a tua boca dadivosa nos portais
de um novembro pressuroso.
Tua radiante constelação fará das asas de
Pégaso, acetinadas, como visão austral dos
mapas dos corações dos homens nos caminhos
do espírito feminino da mãe Terra.
Como nascentes nos caminhos das águas férteis
do teu ventre livre, como movimento da tua nudez
libertária, assim os dois rios abraçarão todas as
sementes... E em nova terra, fortes galhos elevarão
as flores perfumadas aos céus em contemplação
ao divino em nós, Órion e Antares em binário cosmos
em evolução, e tu, guardiã do oeste em curvilínea
cintilação! E o teu sorriso será sol a despertar minhas
manhãs luminosas, girassóis de sonhos enfeitarão
seus cabelos... Nobres frutos adocicarão nossos corpos
nus, em banquete de almas gêmeas, num amor absoluto.
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