da janela eu avisto o meu jardim dantes
monocromático... agora, vistoso, alentado.
Lá onde a intempérie recai severa, as floradas
vigorosas levantam-se ao alto, num ato de
solidez e fortificação.
A bátega profusa em meus olhos fecunda
a tua chegada abastada, abrem os meus
canais aquosos para nos fazer ir a frente
e mais além.
Eu sigo os teus caminhos sinuosos das
águas férteis e tranquilas, pois que as
grandes viagens de dentro podem singrar
a alma sem sangrá-la... eu achei as rotas
das gaivotas de voos leves e tenazes em
busca dos lugares seguros onde há fluxos
límpidos, farnel para os famintos, ninho com
o frescor das novas madrugadas...
Houve trevas em meu viver, contudo, o tempo
dos raios solares chegou como lua nova de
iniciações em rituais e feitiços, mãos estendidas
em graça e doação.
Rezas que se elevam por dentre os véus da vênus
que te guia, nesta preamar do vai e vem do mundo,
onde descerro o teu sorriso farto, onde abro as
energias para o etéreo impermisto, votivas velas
nos mares da vida em clamores de gratidão.
Cativou-me, pois, com a tua alma encantada!...
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