Não sei parar o pensamento, e pairo
nesta tarde fria que faz cair a noite
sobre mim...
Quero extrair poesia onde não há
estrofes e nem melodias; quero trazer
de volta a aurora que me tornou poetisa
e criou meus versos mais bonitos.
Quero prorromper em paz no fogo
que me consome, no burburinho
que não me desperta; quero ser o
sopro e a corda dos acordes que
habitam minha alma em diapasão.
Guerra e paz, sombra e luz,
frio e quente, amaro e mel,
águas mortas, águas vivas em
estribilho de mistificação.
Quero tocar em meu peito as canções
dos ventos que varreram os meus
caminhos como el niño de
solidão!...