Queria fazer fluir a minha vida assim
como o sol se espalha sobre toda cidade.
Há dezembros intermináveis dentro de mim...
A força sobre humana que me movia adormecida
está nos atalhos tênues dos humanos afetos...
Revolvo pedaços de coragem como se incitasse
animal dos mais ferozes.
A rima cala-se e não há pranto, recolhe-se o verso
e não existe esperança.
A folha branca está morta, imóvel com a inanição
dos ventos que movem meus caminhos.
Os anos passam atropelados como quando aprendi
a contar em velha infância; há desordem na
memória que não revive os momentos há muito
desfalecidos de senso.
Busco razões que me façam transbordar as letras...
Em um coração que pulsa estrofes mortas!...