Há tempos o sol havia se escondido no
crepúsculo das incertezas!...
Nas minhas auroras esvanecidas, em meus
moinhos estagnados... a água pura caiu dos céus
em abundância!... E o curso da vida segue no
profundo das tuas pupilas pequenas.
Banhar os olhos, desvendar mistérios que esta
viagem nos entrega de bandeja é abraçar saberes,
é fazer-se luz ante a escuridão!
Há cheiro de flores pelo caminho, perfume nas mãos
que distribuem afeto, minhas vestes reluzem e minha
alma transborda!
Estanca-se a dor quando se abre o espírito em
benignidade, em singeleza que nos convida ao
esquecimento de martírios, visão para o infinito.
Há um elo traçado pelo universo, braço forte onde deito
aspirações sossegadas, silêncios que comovem, mas,
não confundem nossas gemas outrora conturbadas.
Eu vejo a estrela vespertina amenizando angústias,
fazendo um carnaval que nos leva ao farol de fantasias
bonitas, tecendo toadas de várias cores.
Quero te ver chegar nesta paz que me movimenta
às paixões terrenas e celestiais!...
Tudo em ti é comedidamente transparente como
um relampejo onde vislumbro melhores dias.
E há o verano sol fazendo a chuva lavar minha alma
sedenta neste louvor de alegrias que me ofertas.
Neste recanto onde te encontro entre tantos
rumos traçados pelo destino, pelo próprio desencanto,
eu me encanto com teu gentil apreço.
Ah! Em tua valorosa alma, eu também me reconheço!...
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