No profundo silêncio dos quadrantes da sala...
o meu silêncio é o maior.
No meu ultra-interior muitas
vozes se confundem
promovendo ecos de indignação.
Tento articular as palavras ante a
contumácia
das tuas palavras desconexas,
ante o seu discurso
divergente.
Perante o amor complacente, há
também os sentimentos
estagnados, areias que se movem
em dunas mas que
os ventos dispersam e enchem meus
olhos de lágrimas,
e enchem meus dias de angústia.
Quero seguir sem destino porque o
ficar não me traz
movimento, não me promove a
mudança, não me
promete transformação... deixar
como estar também
é deixar partir.
Na dinâmica da vida sinto o mundo
em suspenso,
tento acelerar os ponteiros do
meu relógio antigo
que busca o passado e chora o
presente.
Eu brigo pelo traço diferente, batalho
pela diferença
que nos aproximou e que nos
plasmou um mundo novo.
Eu te chamo para a luta em que me
debato a sós e
desperto para a chama que precisa
permanecer acesa
em nós, pois minha alma desperta precisa
viver!...
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