A chuva fina cai como espirais de novas campinas,
vias pacatas que vão purificando a alma e o coração...
As correntes do destino promovem dádivas, pois, a
força da transformação nos prepara para as promessas
místicas, espirituais.
Um gesto de ternura fala a língua dos anjos com lábios
humanos, e nos momentos de caos nos faz voar para
horizontes tranquilos, onde somos apresentados à paz,
onde aprendemos a reconhecer gemas afins, onde
plantamos as sementes fecundas da afeição.
A terra árida dos homens nos chama à desordem, à
perturbação, mas, os reais encontros, nos leva para os
montes onde a relva é viçosa, jardim de encantos; música
doce do universo a adestrar nossas índoles lesadas.
Nas esquinas do mundo, convites à superficialidade, ao
fútil, ao passageiro, mas, eu quero o denso, o basto, o
inteiro e o completo. O morno, o dúbio, o parco, não me
bastam... Eu quero o sol intenso em manhãs douradas!
Contigo, neste caminho de torrentes abastadas, eu quero
desbravar oceanos profundos, mundo novo a fluir em
minhas veias onde fé, esperança e amor haverão de
correr tal e qual bonançosas águas...
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