Canções de sol fazem ritmo em meu peito,
cinge-me um clarão de melancolia no rosto
com um coração molhado em saudade...
A natureza canta suas cores de ave caída do
céu... pássaro alaranjado dos olhos dourados.
Asas da imaginação eu crio para voar ao teu
infinito de fluídos romanescos em profundo
azulino de ímpares sensações.
Eu vi os cristais do tempo em tuas águas
copiosas e eu encontrei um diamante de
rara beleza em reflexos cristalinos de vida
em plenitude, por isto quero colher as flores
rosáceas por estes caminhos corteses.
Dá-me ainda esse tempo cadenciado de
vozes sussurradas que compõem tuas cifras
belas, exuberantes, melodia harmoniosa em
perfume almiscarado, âmbar-gris em mágicas.
Dança comigo a valsa dos amores esperados
sem pressa, e, no entanto, tecidos em filigranas
caprichosos nas manhãs de dias quentes de findo
outono, em pré-verões de almas luminosas.
Que as tuas águas abundantes criem os cristais do
tempo nas tempestades da vida... e que tua chuva
argentada permeie para sempre os meus caminhos
como joia rara a valorizar toda uma existência!
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