Há uma luz no fim do túnel... acreditemos
que essa sabedoria que reside em nós, é
força motriz a nos iluminar o espírito viajante.
O feixe das claridades nasce na alma, assim,
por onde andarmos, sejamos sol, posto que
não há sombras nas trilhas do bem.
Nos dias em que nos vemos abandonados,
levantemos o bastão da esperança porque
será ele que nos levantará do chão e calcará
estradas com novos significados.
Dias há em que o mundo nos vira as costas,
nessas horas pousemos o olhar no céu porque
é de lá que descerá a chuva da renovação,
fazendo-nos solo cultivado para os recomeços.
Quando as lágrimas dificultarem nossa visão,
descansemos as mãos sobre o coração porque
é nele que nascerão as sementes do perdão,
porque somos filhos estimados libertos em
compaixão e caridade.
As palavras sábias vêm do silêncio, pois, a
balbúrdia do mundo não nos dará direção, e
somente a contrição nos trará as respostas para
as palavras rudes e atitudes medíocres.
As pedras jogadas pelo caminho machucam
nossos pés, contudo, que as deixemos burilar
o espírito porque somente ele nos fará voar
por sobre o amplo sentido da Criação...
Basta olharmos para além dos campos, no vale
das altas montanhas avistemos os lírios que
tecem e contêm todas as belezas da Terra porque
o divino permanece em nós como herança.
Deixemos o vento soprar sobre o joio e o trigo,
olhemos para nossas mãos... somente ficarão
os haveres do belo que lançamos ao largo do
caminho!...
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