O novo de Deus nasce em contentamento... Como
quando naquele dia chuvoso em que tu consegues
ver o sol para além das nuvens que opacam a tua visão.
Quando tu respiras e olhas para o teu canteiro
simples e percebe que aquelas flores que vens
cuidando com esmero estão viçosas e se erguem
para o céu com a coragem de quem quer sobreviver
mesmo plantadas naquela terra ainda não tão nutritiva
para os seus caules sedentos, almejando pelo alimento
que as farão crescer mais e mais em detrimento da
missão de cada uma delas.
Acredito muito que o milagre vem através do deleite
por aquilo que está no gérmen, mas, que já deu sinais
que está próximo... a promessa.
A obra divina em nossas vidas não acontece como
nós homens construímos as coisas, pois, nossas mãos
ainda não são capazes desta edificação extranatural
que o divino tenta nos mostrar cotidianamente e nas
pequenas coisas que entremeiam nossas existências.
Quando o contentamento nos abraça, como aquele abraço
de avô e de avó, ele nos diz ao pé do ouvido que estamos
perto do entendimento... Ah! O Vislumbre!
É como aquele cheiro de café que nos acorda pela manhã
prometendo um banquete na casa acolhedora de nossas
certezas. A convicção do amor que nos move por dentro
e por fora. É um matar de fome que nos impulsiona ao
trabalho da edificação de nós mesmos, independentemente
daqueles que nos abalaram com palavras, atitudes ou a falta delas.
Porque contentamento advém daquele laço forte, aquele
que forjamos com nós mesmos e que se solidificou
desde quando e onde calcamos nossos carácteres,
raízes de uma dignidade e de uma força que provém
daqueles que já apreenderam alguma lição, o sopro.
Regalo é algo de nossos antepassados que mesmo
não tendo acesso as altas tecnologias nos ensinaram
o amor ao próximo e o respeito a si mesmos com poucas
palavras e firmes exemplos.
Que nos engrandeceram com suas histórias de
superação, de virtudes e de trabalho num tempo
em que para eles até Deus era tão distante...
Contentamento é aquela sensação de que o
Criador está dentro e está no exterior, e, está em tudo
e é conosco sempre, mostrando-nos a árvore da vida,
apresentando-nos os frutos verdes que haveremos de
esperar amadurecerem ao seu tempo, não nos eximindo
da seara e do arado da real transformação interior que
nos fará ver além de nós mesmos através da fé.
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