pela mão, mas, sim porque o meu coração andou às
cegas pelas terras áridas do meu próprio desamor...
Quando me perdi, eu não lembro bem, o que sei é que
me resgatei a tempo de enxergar outros caminhos,
de beber em outras fontes, pois que para o íntegro não
faltará a água límpida da transformação!...
Aprendo todos os dias que todos temos os próprios
processos de crescimento e nem sempre será no
lapso que esperamos, e, por vezes, as estradas seguirão
direções opostas... e o divino nos colocará em sua mão
e nos direcionará para a colheita que merecemos.
Não há mais lágrimas, posto que as deixei faz tempo
rolarem no passado onde tentei ganhar tempo em
correrias sem sentido, em buscas imerecidas, sabendo
hoje que o que vale a pena é o meu tempo presente,
é a minha vida presente.
Separei os fardos, deixei de lado bagagens que
recolhi em estações erradas... contudo, conheci
lugares em que apesar da demora, trouxeram-me
paisagens nebulosas, vivências rascantes.
Eu busco o experimento do vinho novo... no frescor
de horas bem vividas, no delibar agridoce de cocriar
a cada dia a minha libertação de conceitos antiquados,
paralisantes... das escolhas que fiz para me doar sem
nada receber. Portanto, vou ao encontro do que mereço,
do que de fato semeei, posto que o Pai não nos abandona
à beira do poço sem nos oferecer a água da vida.
Sigo o meu caminho em espírito e em verdade,
pois que agora, meus olhos desvendados estão!...