Eu tenho regado as minhas sementes com lágrimas, mas
tenho certeza que o meu solo nunca foi seco, nunca,
jamais infecundo.
Então eu fito o horizonte, eu sei que meus anjos guardiões
embalam as minhas promessas.
Forjada fui na lealdade e sei que tantos e outros valores
estão comigo... permanecem e se perpetuam em mim...
A energia que me move é para a edificação, não para o
tormento, não para o adeus.
Meu caminho tem sido um rio longo, muitas vezes com
meandros, tem sido também uma longa estrada, tão
bonita, muitas vezes empoeirada.
E assim eu prossigo firme esperançada de que dias melhores
virão, pois em minhas mãos estão as flores, as que prometi
espalhar em minha peregrinação terrena.
Os astros, a lua, o sol, a minha conexão tem sido profunda,
e nesta sensibilidade que me aflora, tudo é tão maior...
A dor, a distância, as lembranças, de tudo que foi e ainda
o é.
Os deuses... os que guiam essa humanidade desenfreada
me apontaram uma direção e nela tenho me mantido firme,
posto que firmes são os meus propósitos ante o divino.
No profundo da tristeza que me abarca, o que me abraça é
a minha fé... inabalável diante todos os percalços.
Em todas as possíveis derrotas eu vislumbrei um bem maior,
e nesta lição de vida para uma jornada as altas esferas,
eu sou um aprendiz impetuoso, pois eu galgo a ampla visão.
E eu apuro os meus ouvidos, e eu carrego o coração nas
mãos e eu sangro por dentro, e eu adormeço no amor inabalável
que se transforma, que se transfigura e que permanece.
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