Estive me debruçando sobre o tempo...
Entre as idas e vindas da eternidade
ainda o chamado material nos convida
ao esquecimento!
Mas, estaremos de pé pela fé que nos
firma e nos finca também os pés no chão.
Há música e poesia nos ventos que nos
movem ao futuro, tão perto do ontem,
tão surpresa do hoje.
Retenho as emoções em minha caixa de
cena, teatro da vida onde tantas histórias
se repetem...
Não aprendemos a lidar com a dor, com a
perda, com o não poderio humano sobre as
coisas celestes.
Escassez e bonança habitam o meu peito,
arca dos tempos onde arranco melodias de
minha triste pandora.
Aparo as arestas da alma para caber todos
os meus pesares...
Há no coração um silencioso hino, oração
para suprimir do âmago a dor, abrir nos portais
do tempo mais um dia de cânticos ao Pai Criador.